terça-feira, 11 de novembro de 2008

ASSASSINATO DE ARQUIDUQUE MARCOU O INÍCIO DA PRIMEIRA GUERRA; OUÇA O HISTORIADOR

Folha Online, 11 de novembro de 2008.

da Folha Online

A Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) deixou mais de dez milhões de mortos e outros 20 milhões feridos. O episódio que marcou o início da luta armada foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em 28 de junho de 1914, durante visita a Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegóvina. Esse atentado se tornou a justificativa para confrontos de antigas rivalidades.
As informações são de Renatho Costa, mestre e doutorando em história e professor do curso de pós-graduação em Política e Relações Internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Segundo o professor, para compreender a Primeira Guerra Mundial é fundamental fazer uma breve análise do período que a antecedeu. Em 1815, com o Congresso de Viena, havia o entendimento de que os distúrbios ocasionados na Europa com as conquistas napoleônicas nunca mais iriam acontecer. O que ficou conhecido por "Conserto da Europa" fez com que durante os 100 anos seguintes o velho continente vivesse uma "paz relativa".
Costa comenta que outra questão importante diz respeito aos efeitos que a Revolução Industrial provocou na segunda metade do século 19. O mundo já havia sido dividido pelas grandes potências da época --Grã-Bretanha e França-- e, o surgimento de uma outra potência na Europa, a Alemanha, gerava grandes dúvidas acerca de como ela poderia expandir sua produção industrial.
"De fato, não havia mais espaço físico para a Alemanha expandir-se pela Europa e os continentes asiático e africano já haviam sido divididos entre Grã-Bretanha e França, restando poucas opções. Diante desse cenário, é importante salientar que no início do século 20 já havia um sentimento comum na Europa de que a paz não perduraria. Os países já tinham entrado numa corrida armamentista e aguardavam que algum fato os levasse ao enfrentamento", explica.
Para Costa, uma das questões que também teria ocasionado a guerra seria a política de alianças entre os países, o que o presidente estadunidense Woodrow Wilson teria classificado como diplomacia secreta.
"Isso porque, assim que o Império Austro-Húngaro exigiu que os criminosos envolvidos na morte do arquiduque fossem penalizados, a Sérvia, que contava com o apoio da Rússia, sentiu-se fortalecida para não aceitar completamente as exigências", relata o professor.
Ele diz que o Império Austro-Húngaro só agiu contra a Sérvia com tanta veemência porque contava com o aval da Alemanha. Diante do impasse na Sérvia, o Império declarou guerra a ela.
"Tínhamos, nitidamente, o estabelecimento de dois blocos: Alemanha, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Império Otomano de um lado e, do outro, Grã-Bretanha, França, Rússia, Itália e Estados Unidos."
O conflito transcorre com baixas de ambos os lados até que, em 1917, a Rússia faz um acordo com a Alemanha e deixa a guerra. O que poderia significar uma vantagem para os alemães, logo teve a perspectiva revertida com a entrada dos Estados Unidos no confronto.
Costa relata que gradualmente os países aliados da Alemanha começam a sofrer derrotas consecutivas. Resta apenas aos alemães assinar sua rendição em 11 de novembro de 1918.
"Enfim, com a vitória dos Aliados, o Tratado de Versalhes, que poderia ser um libelo para a paz mundial, acabou se caracterizando como um meio para punir a Alemanha. Evidentemente que suas conseqüências logo seriam vistas na Segunda Guerra Mundial", conclui o professor.





Ou acesse o link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/podcasts/ult10065u466529.shtml

OBAMA MANTERÁ OCULTA DECISÕES ESPECÍFICAS SOBRE A CRISE ATÉ TOMAR POSSE

Rádio Eldorado AM, 07 de novembro de 2008.

O professor de pós-graduação da Fundação de Sociologia e Política de São Paulo Renatho Costa conversou com Sandra Cabral





Ou ouça o áudio através do link: http://www.territorioeldorado.limao.com.br

SETE ANOS DO 'ONZE DE SETEMBRO'


Rádio Cultura AM, 11 de setembro de 2008.
Entrevista concedida à jornalista Tatiana Ferraz.

Tatiana Ferraz: Os resultados de uma intensa investigação determinaram que a Al-Qaeda e Osama Bin Laden tinham responsabilidade nos atentados. A declaração de 'guerra santa' contra os Estados Unidos, e a intenção explícita de Bin Laden de matar civis norte-americanos são evidencia da motivação de fundamentalistas islâmicos para cometer esses atos.